Jeff The Killer: Noite de Sangue

Eu deveria ter aproximadamente uns 11 anos de idade quando isso aconteceu, era bem tarde, e eu estava fazendo o dever de casa, apesar de ser difícil, a cada hora, eu chamava meu irmão, e o meu irmão mais novo, que deveria ter por volta de cinco anos nessa época, acordava chorando, e sempre com a mesma desculpa, pesadelo.

Normalmente as pessoas se perguntariam o porquê de ele sempre chamar por mim, e nunca pelos nossos pais, mas quando você tem um pai que trabalha vinte horas por dia, e uma mãe que é uma viciada em crack, é bem provável que percamos uma grande confiança deles. Minha mãe era uma maldita viciada, e meu pai só trabalhava para pagar o tratamento de minha mãe. Então, eu parava com que estivesse fazendo para ajudar o meu pequeno irmão, eu sempre o acalmava, depois de acalma-lo, ele me contava seus sonhos terríveis, como monstros nas janelas, buracos sem fundo, e dores terríveis.
Pra mim, aquilo era coisa de criança, sabe, essas coisas que a criança cria quando é nova, monstros, fadas, essas porras nem se quer existem. Não no meu mundo, não na minha vida. Porém, eu mal sabia que naquela noite eu conheceria o verdadeiro monstro. Pouco depois de acalma-lo e levá-lo para a cama novamente, eu fui indo me deitar, e eu dormi, tranquilamente, sem nenhum problema.

Até que eu comecei a ouvir meu irmão chorar novamente naquela noite, então eu me levantei e fui até lá, eu o perguntei se está tudo bem, ele me falou que não, disse que tinha um homem na janela, ele disse que esse homem tinha um rosto terrível, a cara toda esbranquiçada, os lábios todos cortados, os cabelos escorridos, olhos negros e profundos, a coisa mais terrível que ele já tinha visto na vida.
Eu falei pra ele que era só um sonho, e que ele precisava dormir, pois eu teria prova amanhã, eu estava cansado, cansado demais, e precisava dormir.

Voltei para minha cama, e voltei a dormir novamente, poucos minutos depois eu ouvi a porta abrindo com força, inicialmente eu pensei que fosse meu pai, mas logo percebi que isso não fazia sentido, porque logo a minha mãe nunca deixou ele levar a chave de casa, apenas para controlar os seus horários de entrada e saída, alguns usuários de crack desenvolvem esquizofrenia, ou senão, mania de perseguição ou traição, minha mãe achava que meu pai a traía.
Por puro impulso eu corri para o quarto de meu irmão, peguei ele e o escondi no armário, nós dois ficamos encolhidos dentro do armário, abracei o meu irmão com toda força que eu tinha, pude escutar minha mãe sair de seu quarto, ela deveria ter acordado por causa do mesmo barulho. Mas não, ela acordou porque estava na hora de ela tomar os seus remédios.

As paredes finas da casa eram bem estranhas, eu podia ouvir tudo, tudo; então eu escutei quando minha mãe se encontrou com o intruso. Pude ouvir seus gritos agonizantes serem sufocados, eu me mantive por completo, mantive a coragem de sair do esconderijo e ir ajudar a minha mãe, apesar dela ser uma louca viciada, era a minha mãe. Eu também sabia que se eu entrasse em uma batalha e perdesse, eu iria morrer, eu tinha que ficar vivo para ajudar o meu pequeno irmão.

Depois de alguns minutos, que mais se pareciam séculos, os gritos de minha mãe cessaram, mesmo assim eu permaneci no esconderijo, eu não me sentia seguro de sair do esconderijo, pois eu sabia que eu saísse do local onde estava escondido, eu encontraria o intruso, e com isso, a minha morte estaria selada.
Eu suava, o meu coração estava acelerado, minha respiração estava ofegante, como se eu tivesse corrido uma maratona, e por sorte, ou por algum milagre, eu acredito que Deus foi muito bom, que meu irmão desmaiou. Ele ficou muito calmo, então eu sabia que naquele momento ele não ia gritar ou chorar, meu coração começou a desacelerar, e comecei a respirar normalmente, até que eu escutei os passos de meu pai ao chegar em casa, me admira, que meu irmão não tenha acordado com os gritos esganiçados de minha mãe, que não tenha acordado com os gritos aterrorizados de meu pai, me admira também, que ele não tenha acordado com os leves ruídos de algo que estava sendo levemente desossado; porém, o que me admira mais ainda ele não tenha acordado com o odor fétido, repugnante e metálico de sangue fresco, sem falar, dos gritos de prazer que podiam se escutar, vindo logicamente daquele tal intruso.

Depois de finalizado a carnificina, eu comecei a ouvir ele andando pela casa, eu pude escutar ele andar até a cozinha, até o quarto de meus pais, até o meu quarto, e finalmente, até o quarto do meu irmão, onde eu ainda estava escondido.
Por uma brecha do armário, eu vi ele dar uma volta no quarto inteiro, com uma calça jeans preta e surrada, com um moletom branco, ele parou exatamente ao armário, e eu o vi; eu não podia acreditar no que eu estava vendo, eu fiz contato visual com ele, e nesse momento eu vi seu rosto, o rosto podre, o cheiro de carne, ele lambendo seus lábios, todo sujo de sangue, os seus olhos pretos e olhar profundo me encarando.

Eu quase tive a certeza de que esse era meu fim, e foi então que eu comecei a ouvir várias pessoas entrando na casa, alguns vizinhos devem ter chamado a polícia, ele também deve ter escutado, pois tratou de fugir imediatamente pela próxima janela, os policiais nos encontraram e nos levaram até a casa de nossa tia, quando meu irmão finalmente acordou, ele foi até mim, e finalmente me contou sobre o seu pesadelo, quando ele começou a contar, eu comecei a entrar em estado de choque com as suas primeiras palavras…

"Eu sei que já contei todo tipo de coisa sinistra, mas esse sonho foi diferente de todos os outros" - continuou ele - "sonhei que todos nós éramos torturados por algum tipo de doido, foi horrível! Praticamente pude escutar os gritos da mamãe e do papai, parecia tão real que nem parecia um sonho! O pior não era nem o que eu via… mas sim o que eu escutava, e era o mesmo homem que eu falava que via em nossa janela… que bom que foi só um sonho né irmão?" - Terminou ele.

E foi então que eu tive que contar toda a verdade para aquela criança, que depois me abraçou e começou a chorar sem parar.

Dez anos depois, essas palavras nunca saíram de minha cabeça, palavras que nunca se dissiparam, e toda vez que vejo os jornais, e procuro por aquele assassino… aquele, foi o primeiro crime dele… meus pais, foram as suas primeiras vítimas… e o nome desse assassino...

É Jeffrey Woods… e eu nunca vou me esquecer, do que ele disse para minha mãe e meu pai antes de matá-los… Uma palavra que ecoou pela casa e ecoa até hoje em minha mente…

Shhhhhh~…. Vá Dormir!...



> Reescrito por: Levi Feitosa
> Autor: Infelizmente não pude localizá-lo :(

Comentários

↓✓RECOMENDAÇÕES DA SEMANA✓↓

O Diário de Maria (Classico)

Mereana Mordegard Glesgorv (Clássico)

Estação Kisaragi (Fatos Reais)

Cuidado Com O Que Deseja

Ele acordou em um quarto escuro...

Visceras (+18)

Smile.JPG (Smile Dog)

Os Mitos Originais de Slender Man (Temporada 2)